quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Há mulheres de coragem!

Há mulheres de coragem e Sofia Lisboa é uma delas!
É uma mulher de coragem pelo que viveu e lutou, pelo exemplo que é e pela força que demonstra em vivenciar tudo de novo partilhando a sua experiência em livro.
Nunca fui fã dela enquanto cantora, mas tiro-lhe o chapéu enquanto Mulher!

domingo, 16 de novembro de 2014

Até sempre, Gui!

Acordei feliz hoje. Leve e com um sorriso aberto no rosto. Saí, fiz umas compras para a casa, tratei do almoço e, quando nos sentámos para almoçar, ao ligar a televisão, chegou a triste notícia: a Gui tinha morrido.
Não conheço os pais da Gui a não ser do Facebook, desde que a página foi criada, mas segui aquela história como se fosse a história de um membro da minha família e, ao saber da notícia, não pude evitar que as lágrimas me enchessem os olhos. Não tenho filhos. Nunca tive e dificilmente os poderei ter, mas senti uma dor dilacerante, uma dor que nos rasga por dentro e, como tal, não posso sequer imaginar a dor que a Genny e o seu marido, os seus familiares e amigos, estarão a sentir.
Mas há uma coisa que tenho como certa no meu pensamento e no meu coração: a pequena grande Gui não era deste mundo. Ela veio a ele com uma missão e, ao cumpri-la, partiu para o seu reino onde, um dia, se reencontrará com os pais. Esta pequena menina uniu em torno de si uma família e milhares de pessoas no mundo inteiro. Foram muitos aqueles que quiseram ajudar, de livre e espontânea vontade, uma família que não é a sua e que tudo fizeram para que esta família vivesse unida e feliz.
A Gui representa uma lição de Amor e altruísmo, ainda que alguns a tenham tentado conspurcar com a sua sede de dinheiro e de números. E é aqui que tenho de lamentar e repudiar o que os representantes de todo um país fizeram com esta família: o Estado português, aquele que nós sustentamos com o nosso suor e lágrimas, com o nosso trabalho e os nossos impostos, propuseram  a estes pais algo de que me envergonho e, sem pejo o digo, que me provocou nojo. Estou cada vez mais certa de que estamos entregues a parasitas sem qualquer tipo de pudor ou decência, mas nem me vou alongar sobre essa parte podre desta história.
Deixo aqui o meu profundo pesar pela partida da Gui, o meu mais profundo respeito por esta família e um abraço de luz para todos quantos tentaram que esta história tivesse um final feliz.
Até sempre, Gui! <3

domingo, 9 de novembro de 2014

Oriflame by Carol

Fundada em 1967 pelos irmãos Jonas af Jochnick e Robert af Jochnick, a Oriflame é uma Empresa de Venda Directa de Cosméticos, presente em mais de 60 países no mundo inteiro. O seu vasto portfolio de produtos Naturais Suecos é comercializado através de uma força de vendas de aproximadamente 3,6 milhões de Assessores de Beleza em todo o mundo, alcançando um número de vendas anuais que ronda os €1,5 biliões. E eu sou uma dessas assessoras, ainda que muito recentemente tenha embarcado nesta aventura. :)Assim, decidi criar uma página no Facebook - Oriflame by Carol, onde disponibilizo toda a informação necessária e onde informo sobre promoções e campanhas em vigor (ainda que algumas sejam da minha inteira responsabilidade). 
Vão até lá, façam like e divulguem pelos vossos contactos! ;)

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Até que a música nos una!

Quem me conhece sabe que não acredito que a vida se resuma a isto que conhecemos na Terra. Que, para mim, o corpo é um mero invólucro que nos guarda a alma, o espírito e, como tal, acredito que as pessoas partem mas que continuam vivas espiritualmente e que se mantém presentes na nossa vida, de uma forma ou de outra.
Perdi o meu pai a 14 de setembro. Comentei com algumas pessoas que, não sei como nem porquê, apenas chorei a sua morte quando recebi a notícia. Pela situação de doença que o meu pai vivia, sabia que essa hora ia chegar e imaginei como reagiria muitas vezes. Imaginei-me sempre a chorar baba e ranho e não foi isso que aconteceu. Tratei do funeral, escolhi a urna, as flores, informei as pessoas e as lágrimas não surgiam. Houve uma amiga que me disse vezes sem conta que não me recriminasse por isso; qua quando a hora chegasse, eu iria libertar essas lágrimas. O tempo foi passando e essas lágrimas teimavam em não cair.
Ontem, ao contrário do que tem vindo a acontecer, fui trabalhar de manhã. Abri a loja, tratei do que tinha a tratar e abri o FB. Vi, de imediato, uma publicação do Theatro Circo a anunciar para muito breve um passatempo onde iriam oferecer um convite duplo para o concerto de Gisela João, uma fadista que muito admiro. Fiquei logo em polvorosa, pois queria muito, há muito tempo, ver um concerto dela ao vivo mas, por uma razão ou por outra, isso acabava por não acontecer. Tinha até falado ao P. para irmos ver este concerto, mas feitas as contas às despesas que vamos ter, optámos por não ir. E não é que  aqui a menina ganhou o convite duplo?! Não imaginam como fiquei feliz!
E, depois, passada a emoção da vitória, comecei a pensar em como há coisas curiosas... Como gosto muito da caminha pela manhã, é o P. que costuma abrir a loja; as publicações do Theatro Circo raramente me aparecem no feed de notícias e ontem tudo isso se subverteu...
Às 21:30h lá estávamos. O P. cheio de sono e um pouco contrariado, porque "fado quer-se nas casas de fado; nestes recintos perde-se a mística toda" e eu com um sorriso de orelha a orelha. Gisela João cantou e encantou. É uma mulher-menina que parece crescer quando canta, que parece ir ao fundo de si buscar a alma fadista e que a arremessa contra nós, ora com fúrias de raiva ora com alegria de quem dança e canta um malhão.
E foi em pleno concerto que as lágrimas se soltaram e caíram, silenciosamente, pelo meu rosto enquanto estupidamente entoava os versos que ia ouvindo e sei de cor porque, tu, meu pai, me puseste a ouvir os grandes senhores do fado e me ensinaste a entender, a respeitar e a amar esse canto de tristeza que nos é tão característico, tão querido. E percebi, meu pai, que o fado nos uniu em vida e nos uniu na morte porque sei que estiveste ali comigo, porque sei, no fundo do meu ser, que foste tu quem me proporcionaste este momento. Sei que em cada nota, em cada verso tu e eu estivemos juntos novamente.