sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

O fim do mito do Pai Natal

Depois da Quadripolaridades questionar sobre como deixámos de acreditar no Pai Natal, dei por mim a recordar esses momentos ingénuos da minha infância.
Devo dizer que tenho um irmão mais velho, senhor dos seus 51 anos que, desde que me lembro, fez justiça àquela ideia de que os manos mais velhos são um bocadinho mauzinhos para as maninhas mais novas... Senão vejamos: quando me questionava sobre o facto de eu ser branca como a neve e ele morenaço, digno de ser nomeado de árabe. a sua resposta era um simples "Foste adoptada. A mãe encontrou-te num contentor do lixo e trouxe-te para casa."; quando íamos para a praia, gostava de me passear em cima do colchão, levando-me para a zona de rebentação e deixando-me em estado de pré-afogamento por diversas vezes (a última das quais, me serviu de lição e fez com que, ao chegar a casa, informasse a minha mãe, de forma veemente "O teu filho tentou-me matar!"); gostava de me enrolar nos lençóis e cobertores, qual colete de forças e espetar comigo na varanda and so on...
Lembro-me que a minha mãe fazia a árvore de Natal connosco e que eu passava a noite de 24 para 25 praticamente acordada, ansiosa por abrir os presentes do Pai Natal pela manhã. Por volta dos 5/6 anos, perguntando ao meu irmão o que o Pai Natal nos deixaria naquele ano, o meu irmão respondeu com um lacónico "O Pai Natal não existe. É a Mom que compra as coisas, esconde no roupeiro e, quando estamos, a dormir vai colocar tudo debaixo da árvore.". Lembro-me que fiquei indignada, mas simultaneamente com a pulga atrás da orelha. No dia 24 fui para a cama e esperei... Ao primeiro sinal de movimento na casa, levantei-me e fui espreitar à porta da sala. Lá estava a minha mãe a colocar todos os presentes. Vi o Amor e a alegria estampados no seu rosto e percebi que o Pai Natal não existia, mas que a minha mãe era sem dúvida  a melhor mãe do mundo.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Natal é... Doar cabelo!

Já pensaram no drama que é alguém perder o seu cabelo por causa de uma maldita doença e dos efeitos nefastos do tratamento da mesma? Já se imaginaram a passar por isso?
Então, quem sabe, poderão juntar-se a esta comunidade e fazê-la crescer muito, divulgar o seu trabalho e, até, oferecer algo tão precioso como é o vosso cabelo?
Natal é doar cabelo. Natal é superarmos os nossos medos pela vontade de ajudar alguém. Natal é ser solidário, dar e amar! Natal é sempre que alguém faz o outro feliz.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Underwater Love

Hoje deparei-me com uma série de fotos que adorei e que, umas mais do que outras, achei de uma beleza imensa. O mais engraçado é que ao vê-las não parei de ouvir a música "Underwater Love" na minha cabeça. Engraçado, não é, como o nosso cérebro consegue estabelecer estas relações sem que nada o faça prever? :)



quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Há mulheres de coragem!

Há mulheres de coragem e Sofia Lisboa é uma delas!
É uma mulher de coragem pelo que viveu e lutou, pelo exemplo que é e pela força que demonstra em vivenciar tudo de novo partilhando a sua experiência em livro.
Nunca fui fã dela enquanto cantora, mas tiro-lhe o chapéu enquanto Mulher!

domingo, 16 de novembro de 2014

Até sempre, Gui!

Acordei feliz hoje. Leve e com um sorriso aberto no rosto. Saí, fiz umas compras para a casa, tratei do almoço e, quando nos sentámos para almoçar, ao ligar a televisão, chegou a triste notícia: a Gui tinha morrido.
Não conheço os pais da Gui a não ser do Facebook, desde que a página foi criada, mas segui aquela história como se fosse a história de um membro da minha família e, ao saber da notícia, não pude evitar que as lágrimas me enchessem os olhos. Não tenho filhos. Nunca tive e dificilmente os poderei ter, mas senti uma dor dilacerante, uma dor que nos rasga por dentro e, como tal, não posso sequer imaginar a dor que a Genny e o seu marido, os seus familiares e amigos, estarão a sentir.
Mas há uma coisa que tenho como certa no meu pensamento e no meu coração: a pequena grande Gui não era deste mundo. Ela veio a ele com uma missão e, ao cumpri-la, partiu para o seu reino onde, um dia, se reencontrará com os pais. Esta pequena menina uniu em torno de si uma família e milhares de pessoas no mundo inteiro. Foram muitos aqueles que quiseram ajudar, de livre e espontânea vontade, uma família que não é a sua e que tudo fizeram para que esta família vivesse unida e feliz.
A Gui representa uma lição de Amor e altruísmo, ainda que alguns a tenham tentado conspurcar com a sua sede de dinheiro e de números. E é aqui que tenho de lamentar e repudiar o que os representantes de todo um país fizeram com esta família: o Estado português, aquele que nós sustentamos com o nosso suor e lágrimas, com o nosso trabalho e os nossos impostos, propuseram  a estes pais algo de que me envergonho e, sem pejo o digo, que me provocou nojo. Estou cada vez mais certa de que estamos entregues a parasitas sem qualquer tipo de pudor ou decência, mas nem me vou alongar sobre essa parte podre desta história.
Deixo aqui o meu profundo pesar pela partida da Gui, o meu mais profundo respeito por esta família e um abraço de luz para todos quantos tentaram que esta história tivesse um final feliz.
Até sempre, Gui! <3

domingo, 9 de novembro de 2014

Oriflame by Carol

Fundada em 1967 pelos irmãos Jonas af Jochnick e Robert af Jochnick, a Oriflame é uma Empresa de Venda Directa de Cosméticos, presente em mais de 60 países no mundo inteiro. O seu vasto portfolio de produtos Naturais Suecos é comercializado através de uma força de vendas de aproximadamente 3,6 milhões de Assessores de Beleza em todo o mundo, alcançando um número de vendas anuais que ronda os €1,5 biliões. E eu sou uma dessas assessoras, ainda que muito recentemente tenha embarcado nesta aventura. :)Assim, decidi criar uma página no Facebook - Oriflame by Carol, onde disponibilizo toda a informação necessária e onde informo sobre promoções e campanhas em vigor (ainda que algumas sejam da minha inteira responsabilidade). 
Vão até lá, façam like e divulguem pelos vossos contactos! ;)

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Até que a música nos una!

Quem me conhece sabe que não acredito que a vida se resuma a isto que conhecemos na Terra. Que, para mim, o corpo é um mero invólucro que nos guarda a alma, o espírito e, como tal, acredito que as pessoas partem mas que continuam vivas espiritualmente e que se mantém presentes na nossa vida, de uma forma ou de outra.
Perdi o meu pai a 14 de setembro. Comentei com algumas pessoas que, não sei como nem porquê, apenas chorei a sua morte quando recebi a notícia. Pela situação de doença que o meu pai vivia, sabia que essa hora ia chegar e imaginei como reagiria muitas vezes. Imaginei-me sempre a chorar baba e ranho e não foi isso que aconteceu. Tratei do funeral, escolhi a urna, as flores, informei as pessoas e as lágrimas não surgiam. Houve uma amiga que me disse vezes sem conta que não me recriminasse por isso; qua quando a hora chegasse, eu iria libertar essas lágrimas. O tempo foi passando e essas lágrimas teimavam em não cair.
Ontem, ao contrário do que tem vindo a acontecer, fui trabalhar de manhã. Abri a loja, tratei do que tinha a tratar e abri o FB. Vi, de imediato, uma publicação do Theatro Circo a anunciar para muito breve um passatempo onde iriam oferecer um convite duplo para o concerto de Gisela João, uma fadista que muito admiro. Fiquei logo em polvorosa, pois queria muito, há muito tempo, ver um concerto dela ao vivo mas, por uma razão ou por outra, isso acabava por não acontecer. Tinha até falado ao P. para irmos ver este concerto, mas feitas as contas às despesas que vamos ter, optámos por não ir. E não é que  aqui a menina ganhou o convite duplo?! Não imaginam como fiquei feliz!
E, depois, passada a emoção da vitória, comecei a pensar em como há coisas curiosas... Como gosto muito da caminha pela manhã, é o P. que costuma abrir a loja; as publicações do Theatro Circo raramente me aparecem no feed de notícias e ontem tudo isso se subverteu...
Às 21:30h lá estávamos. O P. cheio de sono e um pouco contrariado, porque "fado quer-se nas casas de fado; nestes recintos perde-se a mística toda" e eu com um sorriso de orelha a orelha. Gisela João cantou e encantou. É uma mulher-menina que parece crescer quando canta, que parece ir ao fundo de si buscar a alma fadista e que a arremessa contra nós, ora com fúrias de raiva ora com alegria de quem dança e canta um malhão.
E foi em pleno concerto que as lágrimas se soltaram e caíram, silenciosamente, pelo meu rosto enquanto estupidamente entoava os versos que ia ouvindo e sei de cor porque, tu, meu pai, me puseste a ouvir os grandes senhores do fado e me ensinaste a entender, a respeitar e a amar esse canto de tristeza que nos é tão característico, tão querido. E percebi, meu pai, que o fado nos uniu em vida e nos uniu na morte porque sei que estiveste ali comigo, porque sei, no fundo do meu ser, que foste tu quem me proporcionaste este momento. Sei que em cada nota, em cada verso tu e eu estivemos juntos novamente.


terça-feira, 28 de outubro de 2014

A menina da Madeira

Eu nem tinha noção de que não escrevia por aqui há tanto tempo! Perdoem a ausência prolongada, mas entre quase 11h diárias de trabalho, casa, Dress Kode, novo desafio (Oriflame by Carol )e blogue o tempo começa a escassear e, confesso, o assinalar de um mês da morte do mau pai também me sugou alguma energia e vontade de partilhar os meus pensamentos com vocês...
Mas, agora, cá estou eu para opinar sobre mais uns quantos assuntos e falar desta nova aventura que é ser assessora de beleza da Oriflame.
Hoje tenho que partilhar com vocês um texto com que me deparei no Facebook e que, não tenho pejo em afirmá-lo, me fez chorar. O texto em questão é este e relata o encontro de uma senhora, Valentina Silva, com uma criança, na Madeira dos nossos dias.
Ao ler este relato impressionante o meu estômago contorceu-se e senti nojo das pessoas que têm (des)governado o nosso país nos últimos anos. Lembrei-me da minha própria infância, de como apenas aos 15 anos pude passar o Natal com o meu pai pois, para ele, o descanso não era importante; o importante era que nada nos faltasse na mesa, na escola, na saúde. Pensei como, naquele tempo, ele conseguia deixar um emprego num dia e começar a trabalhar noutro no dia seguinte. Lembrei-me de um menino que me dizia que gostava de brincar em minha casa, comigo e as minhas amigas, porque em minha casa havia sempre bananas e fiambre para pôr no pão.
Dei graças por não saber, ainda hoje, aos 39 anos, o que é passar fome. Dei graças por ter um trabalho, ainda que trabalhe de domingo a domingo, com uma manhã de folga e um salário que não é dos melhores. Dei graças por conseguir pagar as minhas contas e viver com o mínimo de dignidade.
Dei graças por tudo, menos por viver num país onde o povo não se revolta contra aqueles que estão a pôr em causa o futuro do nosso país e onde estão a roubar miseravelmente a infância das nossas crianças.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Mulheres unidas jamais serão vencidas!

Eu sei, eu sei tenho andado ausente, mas não levem a mal. Tenho estado doente e, quando estou assim, fico um bocadinho alérgica ao computador. Mas estou de volta e, claro, não podia deixar passar em claro a bronca com a Jessica Athayde. Eu já tinha dado conta da minha opinão sobre as manias das dietas e da escravidão relativamente à imagem por aqui, mas não resisto a voltar ao tema.
Ora, pois a moçoila, de quem não sou grande fã sinceramente, foi convidada para um desfile na Moda Lisboa e aceitou ( e fez muito bem que eu, com um corpinho daqueles, também aceitava mesmo que não me convidassem! :) ), mas, claro, que as "inbejosas" de serviço logo vieram opinar: porque é gorda, porque parece que está grávida de três, porque o diabo a quatro e o raio que as parta!
A mulher tem um corpo definido, sem flacidez, sem celulite e está gorda?! Pelo amor da santa! Mas, e se estivesse?! Qual era o problema? Não seria melhor ver uma gordinha do que um cabide com pernas como muitas que lá andam?!Haja paciência! É triste, mas cada vez mais me apercebo da estupidez feminina. As mulheres destroem-se umas às outras, com a mania da imagem certa e da maledicência.
Cada um é como é! Todos podemos ser belos, independentemente do corpo ou do rosto ou da roupa. A beleza verdadeiramente significativa é a da alma e a do coração! E nós, mulheres, é que temos de meter isso nas nossas cabecinhas de uma vez por todas! As mulheres são mães, irmãs, esposas, amantes, filhas, sobrinhas e está nas nossas mãos mudar a mentalidade das sociedades em que estamos inseridas! Se uma mãe é capaz de apontar o dedo a uma mulher sem qualquer pudor que exemplo está a dar ao seu filho? Aquele que, um dia, irá dizer à mulher que tem outra , porque ela se desleixou e engordou 3 ou 4 kilos, sabem? Como poderá esse homem ser criticado se nós, mulheres, o fazemos a torto e direito?!
Vá, meninas, deixem-se de mesquinhices e amem-se como são, valorizem as mulheres que vos rodeiam, exibam-se com os vossos pneuzinhos e rugas e cabelos fracos e finos! A vida são dois dias e um está a acabar! Mudem a vossa atitude e mudem este mundo que anda tão parco de valores e amores!

P.S.: Adorei a resposta da Jessica no seu blogue www.jessyjames.pt . :)

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Eutanásia? Sim, defendo!

A propósito desta notícia dei comigo a recordar as discussões, por vezes bem acaloradas, que tinha com o meu pai sobre este tema.
Desde que me lembro que defendo o direito que cada um deve ter a terminar a sua vida com o mínimo de dignidade e qualidade de vida. Isso levou-me a defender com unhas e dentes a ideia da eutanásia e do testamento vital, Já o meu pai defendia que isso era uma estupidez, que nunca sabemos quando estamos a fazer a melhor escolha porque a medicina está sempre a evoluir e o que hoje não tem cura amanhã não tem qualquer significado. Nunca chegamos a um entendimento e tivemos esta discussão anos a fio.
Até que o meu pai ficou acamado e totalmente dependente dos outros para comer, para tratar da sua higiene pessoal, para tudo... Muitas vezes, a maldita doença roubava-lhe o entendimento, mas lembro-me de um dia em que eu e a minha mãe lhe mudavamos a fralda e ele, coitado, se sujou novamente sem disso ter consciência. Ao ouvir os nossos desabafos ("Oh, agora temos de o lavar novamente..."), agarrou-me na mãe e, com os olhos marejados de lágrimas, disse-me simplesmente "Tu tinhas razão...". "Sobre o quê, papá?" - respondi-lhe eu. "Sobre a eutanásia."... E os nossos olhares tocaram-se, as nossas mãos agarraram-se e eu percebi que, naquele momento, o meu pai tinha plena consciência que a sua vida já não lhe pertencia. Ele que tinha um orgulho imenso em dizer que podia tudo, já nem no seu corpo mandava...

domingo, 5 de outubro de 2014

Não deixem nada por dizer!

Ontem morreu Rodrigo Menezes. Um homem de 40 anos, bonito, bem sucedido. Morreu, em casa, quando nada o fazia prever. Naturalmente, o choque, a consternação tomaram conta das redes sociais. Muitos se interrogavam sobre o sentido da vida; outros assumiram que essa morte repentina, inesperada os fez reflectir sobre a sua própria existência.
Esse clique aconteceu-me com a morte de António Feio e a leitura que fiz do seu livro Aproveitem a Vida. Na altura percebi que nenhum de nós estava livre de partir inesperadamente e o facto de isso poder acontecer sem que dissesse certas e determinadas coisas, sem que fizesse coisas que tinham de ser feitas passou a estar presente na minha cabeça, na minha vida a cada instante.
Como algumas pessoas saberão, perdi o meu Pai recentemente. A sua morte resultou de um longo período de doença, pelo que ao longo desse tempo preparei-me muitas vezes para a sua morte. 
O que me dá algum alento, agora que se separou fisicamente deste mundo, é o facto de saber que já não sofre mais e que lhe pude dizer tudo o que me ia na alma - a dor que me causou com algumas palavras e gestos; o sofrimento que vivi com a sua doença e perda de autonomia; o amor que, apesar de tudo, lhe tinha; o amor que sabia que me tinha e, finalmente, o perdão por erros que cometeu em vida. Em relação ao meu Pai sei que nada deixei por fazer ou dizer e será sempre assim que viverei o resto da minha vida. Porque há coisas que não dependem só de nós (adorava conhecer o deserto e imensos países, mas preciso de estabilidade profissional e financeira para o fazer), mas há tantas que, se não nos acomodarmos, se não tomarmos as coisas como garantidas podemos e devemos fazer!

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

30 anos depois...

Ontem foi o dia mundial da música. A música assume, na minha vida, um papel preponderante. Não porque viva dela, mas porque me alimento dela. Eu preciso de música para sobreviver. Na música encontro sempre expressões do meu pensar e sentir.
Assim, ontem decidi ir ao Theatro Circo  assistir ao concerto dos Jafumega. E que bom que foi poder deixar a melancolia de lado e abanar o capacete ao som desta banda. 30 anos se passaram e a voz do Luís Portugal continua na mesma!
Recomendo!


terça-feira, 30 de setembro de 2014

Porque se não gostar de mim, quem gostará?

A propósito deste post da Marta dei por mim a pensar no meu próprio caso... Até aos 23 anos de idade, mantive-me naquele que hoje considero o peso ideal - 50kg mas que, na altura, me parecia demais. 1,60m, anca larga, rabiosque avantajado mas sempre o mesmo peso.
Nunca fui moçoila de comer muito às refeições (até adormecia à mesa quando a minha mãe se lembrava do famoso "Não sais da mesa enquanto não estiver tudo comido!"), mas sempre gostei de comer o que me apetece, por norma fora das refeições (sendo que o que me apetece normalmente são bolos, bolachas, gelados, chocolates...).
Por volta dos 23 anos apercebi-me que andava a comer que nem uma desalmada. Servia-me3, 4 vezes à refeição e, pasme-se, o peso diminuía a olhos vistos. Cheguei aos 46kg. Achava-me fantástica na altura! Na sequência de um papo na zona do pescoço, fui a uma consulta e ouvi o que ninguém quer ouvir: "Pode não ser nada, mas pode ser um tumor na tiróide. Daí as insónias, as mudanças de humor, a vontade de comer este mundo e o outro e a perda de peso." Alguns exames depois, nomeadamente uma biópsia, percebe-se que da faca  não escapo, mas que outras certezas não existem... Fui operada, perdi metade da tiróide e, após análises aos nódulos que tinha, chegam as certezas: tumor benigno e medicação adequada para o resto da vida.
Após a cirurgia, voltei a ser o pisquinho do costume mas o peso sempre a aumentar... Mas, sabem que mais? Nunca mais me preocupei com os pneuzinhos, a celulite, a flutuação do peso como antes deste episódio. Aprendi a gostar de mim como sou; aprendi que a vida é mais do que uma balança e um corpo de modelo. Aprendi a viver a vida, a usufruir de cada momento como se não houvesse amanhã, a desvalorizar futilidades, intrigas e mesquinhices e a amar aqueles que me amam e me cuidam porque sei que amanhã posso não estar aqui, podem não estar comigo.
39 anos, 1,60m, 60kg. Se podia ser mais magra e elegante? Podia, mas não me vou ralar com isso. ;)

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Custa assim tanto, caraças?!


Como algumas de vocês já sabem, trabalho numa loja de shopping e, como tal, lido com o mais variado tipo de pessoas. Nunca tinha trabalhado no comércio, mas como sempre gostei de fazer as minhas comprinhas frequentei o mais variado tipo de lojas e serviços e comecei a verificar que há muito mau atendimento por aí. Chocava-me entrar numa loja, cumprimentar as pessoas e não receber uma resposta ou um sorriso, pelo menos. Chocava-me o querer tirar uma dúvida e a resposta ser dada com indiferença ou desdém. Então, assim que surgiu a oportunidade de trabalhar na área comercial, eu e o P. pensamos que deveríamos primar pelo atendimento personalizado.
Desde que a loja abriu já nos deparamos com as mais variadas situações, mas irrita-me solenemente quando entram na loja e não respondem ao nosso cumprimento ou quando entram a comer e a beber, sujam a loja e nem desculpa pedem.
O desrespeito pelo outro, a falta de educação são cada vez maiores e é tão simples ser educado, cordial. Não seria tudo melhor se todos tivessem em atenção algumas regras básicas de convivência? Custa assim tanto dar um sorriso, dizer "obrigada(o)", "desculpe" ou "Bom dia!"?!




sábado, 27 de setembro de 2014

Muito obrigada!

Confesso que sou assim. Não é uma questão de teimosia, é uma questão de carácter. Sou como sou e não ando aqui para agradar ninguém. Tenho as minhas ideias, os meus valores, os meus princípios e tudo o que faço, tudo o que sou é verdadeiro.
No dia 14 perdi a pessoa que me ensinou a ser assim. E descobri que tenho amigas que nunca vi em carne e osso que me ampararam e continuam a amparar com os seus gestos e palavras. A elas, que como eu são o que são e não se preocupam em agradar, deixo o meu poema preferido e um muito obrigada por estarem aí - Marta; Isabel e Ana!


Welcome!

Nos últimos tempos sentia uma necessidade imensa de voltar à escrita, de comunicar com o mundo que me rodeia e com um outro que vai muito para além de mim e das pessoas com quem me relaciono Decidi, assim, criar um blogue associada à página da Dress Kode.
Não é um mundo novo, embora já por aqui não ande (leia-se escreva) desde 2009. Participei em vários blogues colectivos e tive alguns só meus, mas houve uma altura em que senti necessidade de me afastar do mundo da blogosfera.
Hoje decidi voltar. Espero que me acompanhem nesta nova aventura e que possamos fazer muitas e memoráveis viagens por este mundo dos blogues. ;)